O julgamentos dos 23 Pms
pela morte de 13 detentos dos 111 no Candiru é bem mais complexo que
se imagina. Os policiais envolvidos na ação estavam lá
representando o Estado e como tal tinham a missão de acabar com a
rebelião dos presos daquela casa prisional. Se tal intervenção da
polícia militar não ocorresse a afronta contra o estado de direito
seria desastrosa. A PM teve que usar a força, os apenados não
queriam o dialogo, pois o mesmo foi disponibilizado e recusado por
eles. A sociedade necessitava de uma resposta, a rebelião precisava
ser controlada...desde o começo da rebelião, os presos demonstraram
que estavam dispostos a tudo...já havia ocorrido assassinatos entre
eles... A polícia militar é uma força do Estado, uma tropa
disciplinada, que possui uma cadeia de comando...se houve alguma
coisa errada no fato, quem deveria ser responsabilizado seria o
Governador da época, que estava envolvido em campanha eleitoral e se
omitiu, dizendo que não tinha conhecimento do que estava ocorrendo
naquele momento, como não...ele era o chefe do Estado, tinha a
responsabilidade de saber, ele deveria ser responsabilizado pela
invasão, pois ele deveria desempenhar seu papel no governo. Os
policiais militares entraram no local com a missão definida, ordens
tem que serem cumpridas e não questionadas...Como a PM deveria
acabar com a rebelião?...levando flores e bombons...a tropa
policial estava encurralada...se não agisse, poderia ser desastrosa
a invasão, policiais morreriam...erraram o Estado e o comando...não
os Pms...eles agiram na premissa de defesa, entraram lá...não por
vontade própria..mas por ordem...O julgamento ocorreu na tese, que
cada pm foi o responsável por 13 mortes, mas não se precisou quem
matou quem...
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