quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Temos o Primeiro, Enfim...




Uma vez Jesus disse ao povo enfurecido- Quem de vós não tens pecado, atire a primeira pedra. Houve reflexão entre os ouvintes e ninguém atirou nada. Séculos depois, a mesma reflexão foi efetuada em Brasília, por 131 deputados federais e 41 que votaram neutros, naquela de tanto faz...e temos, finalmente, o primeiro deputado federal preso. Digo deputado, porque continua no cargo eleito e empossado. O dito cujo é o representante Donatan Donadon. 

Depois de usar todos os recursos, ele foi condenado a 13 anos de prisão. Teve autorização para discursar em plenário durante a sessão de sua perda de mandato naquela casa. Ele reclamou da alimentação, da xepa, do presídio. Só poderia, pois ajudou no desvio de dinheiro público que poderia ser usado na melhoria das casas de detenção, saúde e educação desse país. Ainda, reclamou de marcas de algemas em seus pulsos e da sua dificuldade financeira com a suspenção de seu salário.

Quem votou contra a cassação do “nobre deputado” jamais saberemos por causa do voto secreto. Talvez, até aquele que votei e confiei, manteve no cargo Donatan. É claro, aquela casa o afastou e cortou seu salário pomposo. Tenho pena dele, não comerá mais picanha e nem beberá uísque importado, não poderá mais viajar e nem desfrutar das regalias condizentes ao cargo.

Como será tratado na prisão, como um preso comum ou um deputado? Bom, eleito no cargo, ele ainda é. Donatan: apenado deputado federal, o primeiro...Talvez, em breve, se depender do supremo, teremos mais alguns para fazer companhia a ele. Poderão, até criarem uma nova facção na cadeia, a dos políticos.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Tenho pena daquela pessoa que egoistamente se constrói em si para si...Admiro aquela que se constrói em si para os outros.. e por eles é vista e admirada como a pessoa que faz diferença positiva e se torna essencial no meio em que vive. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Não Somos Felizes o Tempo Todo...Temos, Sim, Momentos Felizes




Ao longo de nossas vidas, nós temos momentos felizes e não uma existência feliz. Se, em toda nossa breve vida, breve em comparação com as coisas do universo, fôssemos todos os dias felizes, com certeza a felicidade para nós perderia o sentido. Não daríamos mais o valor tão merecido à felicidade. É claro, podemos ter, sim, uma vida proveitosa e com muitas realizações, mas não com uma felicidade plena. Porque somos humanos, dependentes dos outros, das imperfeições de nós mesmos, dos outros e do mundo que aí está. Como já disse o grande filósofo Nietzsche, palavras próprias dele: “ A felicidade vem em lampejos e que tentar fazer com que ela dure para sempre é aniquilar esses lampejos que nos ajudam a seguir em frente no longo e tortuoso caminho da vida.” Sem dúvida, pelo menos para mim, sábias palavras. 

As fatalidades, tristezas, decepções etc, essas coisas que nos causam mal-estar e nos distanciam da felicidade, estão sempre a nos rondar. Fazer o que...é a vida a ser vivida... Talvez, a grande sacada seja achar que tudo de mal nos fortalece e nos vacina contra essas coisas que nos causam depressões, estresses e por aí vai. Outras pessoas afirmam que o grande culpado é o mundo em que vivemos. Será?...até pode ser. Mas, vamos valorizar, idealizar e viver momentos felizes, isso é o melhor remédio para nós nesse mundo.

Xô tristeza, que venham momentos felizes para mim e para você...Sempre, após a chuva vem o arco- íris, é só procurar no céu.. lembre- se, jamais podemos ser felizes o tempo todo, mas, com certeza, momentos felizes teremos....

sábado, 17 de agosto de 2013

Que Mundo é Esse?




Que mundo é esse em que vivemos? Nele, o nascimento de mais um ser humano, economicamente, na análise do PIB, é interpretado negativamente, pois é uma boca a mais a alimentar e um gasto a mais nos serviços públicos, etc. O nascimento de um bezerro, ou de qualquer outro animal com fins econômicos, ou uma safra satisfatória, é vista como um fator positivo, irá contribuir favoravelmente com o PIB do país.

Por que a saúde e a educação são tratadas com tanto descaso? Acredito que ambas, tratadas assim, contribuem com os ricos, com os detentores do capital econômico, que vivem em um mundo à parte de todos nós. Uma educação de qualidade, com pessoas cultas, essas com certeza, serão mais criticas e desafiadoras do atual sistema. Incomodando a dita elite. O mesmo ocorre na saúde, porque tornam os miseráveis mais saudáveis e com forças para o questionamento de tudo o que ocorre no capitalismo, causando gastos.

O povo, há muito tempo, entrou no conformismo, no estado latente. Professores mal remunerados e desmotivados desempenham o papel idealizado pela burguesia. Muitos que abraçam essa profissão são idealistas, mas, com o tempo, perdem suas forças e seus ideais . A educação visa formar aquela mão- de- obra necessitada pelo capitalista e visa, antes de tudo, o distanciamento de ricos e pobres. Colocando cada classe em seu lugar. A educação não progride, porque para a elite a grande função dela é formar pessoas dóceis e úteis com o sistema político e econômico que aí está, já havia dito Foucault.

Depois de usar e dispor predatoriamente dos recursos da natureza, que contribuíram em muito para o capitalista, temos, agora, a consciência ecológica até mesmo pregada por esse. O Burguês só vê a si e seus pares nesse mundo ao qual chegamos...Que mundo é esse?

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Somos Livre para Escolhermos



O homem está condenado a ser livre (Jean Paul Satre). Sendo assim, todos nós somos responsáveis por nossas escolhas. Conscientes dessa liberdade e responsabilidade existenciais, temos que ter como objetivo único: a nossa felicidade. Somos humanos e, como tais, temos que, antes de tudo, ter essa consciência. 

A todo momento, durante nossa vida, temos que fazer escolhas, sendo assim por que não escolher as boas, as que nos tornam felizes, as que nos fazem bem. Jamais devemos nos conformar com uma situação desagradável, pois somos livres e devemos ser responsáveis por nós mesmos. Nem devemos culpar os outros por nossa infelicidade. Devemos sim, ser seletivos. Vamos nos construindo, como pessoa, ao longo de nossa existência. E, sendo assim, humano, e como tal, não somos perfeitos. Mas, tudo bem...chegamos no ponto, se necessário for, de reavaliar nossas escolhas, nossa maneira de conduzir nossa vida. Dar um basta no ócio existencial e partir para luta. Essa deve ser com nós mesmos, pois, só nós podemos mudar o que nos faz mal, que nos torna infelizes. 

Querer ser feliz não pode ser associado com egoísmo, e sim com a busca de uma existência própria significativa e satisfatória. Se os outros nos imputarem que somos egoístas, azar o deles. Quando estamos bem com nós mesmos, felizes e com escolhas acertadas, aquelas pessoas que realmente importam para nós serão beneficiadas com essa nossa situação. Tanto a felicidade, como a infelicidade, são contagiantes. Se estamos arrependidos com alguma escolha que nos coloca em uma situação infeliz, o que nos resta é chutar o balde e buscar o rumo certo. Doa a quem doer. Pois, se continuarmos com essa escolha mal feita, só nós sentiremos a dor da infelicidade. Liberdade implica responsabilidade. E, como diz o filósofo mencionado: “O homem está condenado a ser livre”. E, ainda o mencionando: “O inferno são os outros”, referindo que essa é uma desculpa de quem não tem a consciência de si mesmo.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Viver é Buscar Constantemente a Felicidade


Não se nasce feliz, nos tornamos felizes. Viver é buscar constantemente a felicidade. Cada um tem sua visão e entendimento da felicidade. Ela não é dinheiro, mas alguns o associam a ela. Outros acreditam que o amor traz felicidade. Concordo, em termos, pois esse sentimento traz sim. Mas, só se for correspondido com o mesmo valor, com a mesma intensidade. Amar e não ser correspondido é sinônimo de infelicidade.

Vamos vivendo e, com o tempo, através de sabedoria adquirida, acabamos descobrindo, e nos conscientizando, de que a felicidade está, por incrível que pareça, nas coisas simples da vida. E passamos a entender a vida como algo objetivo e como um presente, dado a nós e por nós, através de liberdade, construída por nossas escolhas. Se escolhermos bem nosso modo de vida, nossos objetivos e sonhos possíveis, com tempo e sabedoria, chegaremos à felicidade plena. É claro, tendo a consciência de que obstáculos e situações de infelicidade poderão nos alcançar. Sejamos seletivos e objetivos naquilo que nos faz felizes.

O primeiro passo para isso é conhecermos a nós mesmos, nossas qualidades e limites, além dos defeitos. Deixar ir o que nos torna infelizes e atrair as coisas e as pessoas que significam bem-estar para nós e, consequentemente, nos fazem felizes. Dinheiro, bens materiais não são sinônimo de felicidade, mas até podem ser garantia de que, lá na frente, possam contribuir com ela. Tudo depende de como interpretamos a dita felicidade.

O mais importante, nesse sentido, é saber viver e valorizar a vida. É ter coragem, determinação e buscar o autoconhecimento, além de amar e ser amado, valorizando esse sentimento correspondido. Se o caminho que você atualmente trilha não está tornando-o feliz, mude-o. Lembre- se: não se nasce feliz, nos tornamos felizes.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Não Temos, Importamos



A saúde do Brasil há muito tempo, ou sempre, foi e é um caos. Falta tudo: profissionais, equipamentos, medicamentos e investimentos. Um médico, após sacrificar sua juventude, em seis anos de estudos, quer ficar nos centros urbanos e ali desfrutar sua vida. Para ele, a recompensa de tanto esforço nos anos acadêmicos. Tudo bem, eles merecem. Nada contra a opção desses profissionais. E o interior do país? Assim como as grandes cidades, as pequenas também necessitam desses profissionais e de investimentos em saúde.

Em uma nação democrática, como o Brasil, o governo tomou para si a administração e o oferecimento dos ditos serviços essenciais: educação, segurança e saúde. Um engodo, pois tais serviços são pagos e bem pagos por todos nós. O povo brasileiro, pelo imposto que paga, teria que ter serviços efetivos e eficientes. Mas o dinheiro é furtado, desviado, toma doril e nós ficamos a ver navios. Que o Brasil é um país rico não há dúvidas. Temos os políticos a viverem como reis e o povo a sofrer e a mendigar, recebendo misérias nas áreas e serviços ditos essenciais e públicos. Agora, o governo vem com essa de importar médicos e um novo discurso de trazer, também, para cá, engenheiros. Se tais profissionais vierem para somar e trabalhar com afinco, que venham...serão bem recebidos, principalmente os da área da saúde. Mas, que o governo, pelo menos, além de recebê-los, melhore os lugares em que eles irão trabalhar. Construam hospitais, postos de saúde, com pelo menos o mínimo necessário.

Para mim, a atitude do governo é uma atitude emergencial e imediatista. Mas, é bem vinda... Graças ao Positivismo, desde a proclamação da república, passamos a valorizar os profissionais das exatas, dando a eles o título de doutores e um status grandioso. Devido a isso, alguns acabam virando políticos. Outros esquecem o grande serviço que podem oferecer ao povo e pensam apenas em si mesmos. Não que não mereçam. Vale lembrar que, em um país de primeiro mundo, a profissão que tem este valor é dos professores, esses não podem ser importados. Mas esse é outro papo.


O Brasileiro Lê



Muitos dizem e afirmam que brasileiro não lê. Discordo plenamente. Brasileiro lê, sim...o problema é que não são todos. O hábito da leitura tem seu espaço por terras brasileiras. Tanto é que já somos o sexto mercado editorial do mundo e estamos em crescimento. 

Por aqui, agora, temos o Amazon, entre outros, que desembarcaram em nosso país. Muitos best sellers mundiais são lançados no Brasil e alcançam grande sucesso. Temos feiras do livro com vendas e públicos de fazer inveja a qualquer evento mundo a fora. Também, o preço dos livros, devido a números de tiragens cada vez maiores, está baixando virtuosamente. 

A leitura deve ser vista em um contexto maior. Ao falar em leitura, não devemos considerar apenas livros. Jornais e revistas também devem ser computados. Qualquer cidade do interior possui um ou mais jornais e, se tais empresas existem, é porque são lidos seus impressos. Há, também, os leitores da internet que, em sites de notícias, blogs e no twitter, praticam a leitura. Alguns livros, no Brasil, já são impressos com tiragem de um milhão, na primeira edição, como o novo livro de Laurentino Gomes, 1889. 

O que o poder público deve fazer é incentivar o hábito da leitura, naqueles que ainda não descobriram esse prazer. Além disso, investir na criação de novas bibliotecas e reformas em biblioteca públicas que estão, como sempre, abandonadas pelos governantes. Ler, como já disse alguém, é o melhor remédio, e eu  complemento: para todos os males causados pela ignorância. Além de transformar para melhor a cultura de um povo. Sim, o brasileiro lê...

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A Dura Verdade



Para nós, pais, é difícil de acreditar que o pequeno Marcelinho, em seus 13 anos, em sua fragilidade, tenha perpetrado as mortes de seus pais, de sua vó e tia-avó, além de cometer suicídio. Se fosse nos Estados Unidos, engoliríamos com mais facilidade esse fato. Naquele país, isso é, digamos, normal, por um motivo, a cultura de armas. Mas, aqui no Brasil, está sendo difícil de aceitar.

A investigação está a cargo de policiais competentes e muito bem periciada em seu contexto. A questão é como algo assim pode ser possível? Temos a Psiquiatria e a Psicologia mostrando respostas. Sempre fui da teoria de que a mente humana é complexa e obscura. Jamais podemos conhecer a obscuridade da mente, o que encontra- se escondido e pronto a aflorar em atitudes como essa.

Após matar, ele, o Marcelinho, ainda foi naturalmente à aula. Por quê? Acredito que para uma despedida, quem sabe...Talvez, em sua mente, a rotina se restabeleceria, voltaria para casa e encontraria tudo na mais perfeita normalidade. Assim como em um jogo de vídeo game, após o final há o recomeço.

Pelo que a mídia está mostrando não foi falta de amor dos pais ou algo externo que desencadeou a atitude do adolescente e sim algo muito íntimo. Algo planejado friamente como uma história de terror ou com suspense. 

Muitos meios de comunicação estão tratando o caso, não com a importância devida, mas sim com um sensacionalismo exacerbado, querendo desqualificar o trabalho policial bem feito e coerente. A polícia trabalha com fatos que são fundamentados e comprovados pelas perícias inerentes. 

A realidade nem sempre é coerente com nossa vontade, com nossas crenças e conforme idealizamos. Ela é, sim, verdadeira e, muitas vezes, dolorosa e difícil de aceitar.