A saúde do Brasil há muito tempo,
ou sempre, foi e é um caos. Falta tudo: profissionais, equipamentos,
medicamentos e investimentos. Um médico, após sacrificar sua juventude, em seis
anos de estudos, quer ficar nos centros urbanos e ali desfrutar sua vida. Para
ele, a recompensa de tanto esforço nos anos acadêmicos. Tudo bem, eles merecem.
Nada contra a opção desses profissionais. E o interior do país? Assim como as
grandes cidades, as pequenas também necessitam desses profissionais e de
investimentos em saúde.
Em uma nação democrática, como o
Brasil, o governo tomou para si a administração e o oferecimento dos ditos
serviços essenciais: educação, segurança e saúde. Um engodo, pois tais serviços
são pagos e bem pagos por todos nós. O povo brasileiro, pelo imposto que paga,
teria que ter serviços efetivos e eficientes. Mas o dinheiro é furtado,
desviado, toma doril e nós ficamos a ver navios. Que o Brasil é um país rico
não há dúvidas. Temos os políticos a viverem como reis e o povo a sofrer e a
mendigar, recebendo misérias nas áreas e serviços ditos essenciais e públicos.
Agora, o governo vem com essa de importar médicos e um novo discurso de trazer,
também, para cá, engenheiros. Se tais profissionais vierem para somar e
trabalhar com afinco, que venham...serão bem recebidos, principalmente os da
área da saúde. Mas, que o governo, pelo menos, além de recebê-los, melhore os
lugares em que eles irão trabalhar. Construam hospitais, postos de saúde, com
pelo menos o mínimo necessário.
Para mim, a atitude do governo é
uma atitude emergencial e imediatista. Mas, é bem vinda... Graças ao
Positivismo, desde a proclamação da república, passamos a valorizar os
profissionais das exatas, dando a eles o título de doutores e um status
grandioso. Devido a isso, alguns acabam virando políticos. Outros esquecem o
grande serviço que podem oferecer ao povo e pensam apenas em si mesmos. Não que
não mereçam. Vale lembrar que, em um país de primeiro mundo, a profissão que
tem este valor é dos professores, esses não podem ser importados. Mas esse é
outro papo.
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