Viver em uma nação democrática
implica a todos nós cidadãos: direitos e deveres. Temos o pleno
direito de expressarmos nossas opiniões e manifestar nossos descontentamentos
contra os governos, os políticos e os órgãos públicos, além dos serviços
públicos aos quais temos direitos e necessidades. Por outro lado, temos deveres de preservar
nossas instituições, a vida e a segurança de nossos compatriotas, além da
propriedade pública e privada. A Constituição, a lei máxima do país, garante a
liberdade de expressão, mas veta o anonimato.
Nos últimos tempos, no Brasil, o
povo está indo às ruas reivindicar direitos e manifestar descontentamentos de
várias coisas que ocorrem em nosso país. A maioria são pessoas trabalhadoras,
eleitoras, cientes de suas responsabilidades, direitos e deveres. No meio dessa
maioria, estão surgindo manifestantes violentos, que ali estão somente para
causarem desordens, danos e afrontas ao poder público e as instituições
responsáveis pela ordem pública. Alguns desses vândalos estão se intitulando
como pertencentes ao grupo Black Bloc. Membros desse grupo se infiltram nas
passeatas e movimentos dos “descontentes com algo” e promovem a anarquia e o
vandalismo.
Achei lamentável a agressão física que sofreu, por
pseudo-anarquistas, o coronel da PM de São Paulo. Além de apanhar muito, teve
sua pistola furtada, ou melhor, roubada, porque a arma lhe foi tirada mediante
agressão física com risco de vida. O oficial só foi salvo porque seu motorista,
mesmo à paisana, foi em seu socorro. Lamento profundamente as depredações que estão ocorrendo no patrimônio público,
pago por mim, por você e por todo cidadão que trabalha e paga seus impostos. Há
casos de pessoas que perdem quase tudo do local de trabalho, de onde tiram seu
sustento e dos seus, por atos de vandalismo.
Vi o caso, em um telejornal, de uma senhora de idade que teve sua banca
destruída e suas mercadorias saqueadas por vagabundos mascarados que se dizem
manifestantes. Há vários casos assim. Vergonhoso, lamentável.
A maioria do povo, que está
marchando nas ruas das grandes cidades, prega a paz e querem viver a plena
democracia. São contrários à violência e o vandalismo. Mal sabem os vândalos
que as atitudes deles estão colocando nossa estabilidade e nosso sistema
democrático em perigo. Talvez, essa seja a intensão deles, quem sabe.
Nós, cidadãos, sabemos que nosso
país tem que mudar muito, em várias áreas essenciais e uma reforma política é necessária e urgente.
Ir para as ruas e protestar
pacificamente e consciente de nossa importância para o Brasil é de suma
importância. E temos, ainda, o poder do voto, da decisão dos rumos do país em
nossas mãos. Através da votação consciente daqueles políticos realmente
comprometidos com todos nós, podemos assim, contribuir nas melhorias desejadas.
Atualmente, o que se faz necessários é o poder público separar o joio do trigo
e dar um basta nestes atos violentos que comprometem a democracia e a voz do
povo nas ruas.