sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A Dura Verdade



Para nós, pais, é difícil de acreditar que o pequeno Marcelinho, em seus 13 anos, em sua fragilidade, tenha perpetrado as mortes de seus pais, de sua vó e tia-avó, além de cometer suicídio. Se fosse nos Estados Unidos, engoliríamos com mais facilidade esse fato. Naquele país, isso é, digamos, normal, por um motivo, a cultura de armas. Mas, aqui no Brasil, está sendo difícil de aceitar.

A investigação está a cargo de policiais competentes e muito bem periciada em seu contexto. A questão é como algo assim pode ser possível? Temos a Psiquiatria e a Psicologia mostrando respostas. Sempre fui da teoria de que a mente humana é complexa e obscura. Jamais podemos conhecer a obscuridade da mente, o que encontra- se escondido e pronto a aflorar em atitudes como essa.

Após matar, ele, o Marcelinho, ainda foi naturalmente à aula. Por quê? Acredito que para uma despedida, quem sabe...Talvez, em sua mente, a rotina se restabeleceria, voltaria para casa e encontraria tudo na mais perfeita normalidade. Assim como em um jogo de vídeo game, após o final há o recomeço.

Pelo que a mídia está mostrando não foi falta de amor dos pais ou algo externo que desencadeou a atitude do adolescente e sim algo muito íntimo. Algo planejado friamente como uma história de terror ou com suspense. 

Muitos meios de comunicação estão tratando o caso, não com a importância devida, mas sim com um sensacionalismo exacerbado, querendo desqualificar o trabalho policial bem feito e coerente. A polícia trabalha com fatos que são fundamentados e comprovados pelas perícias inerentes. 

A realidade nem sempre é coerente com nossa vontade, com nossas crenças e conforme idealizamos. Ela é, sim, verdadeira e, muitas vezes, dolorosa e difícil de aceitar.


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