sábado, 29 de junho de 2013

Copa das Confederações...Quem ganha com este espetáculo?



Achei muito interessante e, ao mesmo tempo, descabida, a declaração do presidente da FIFA, Joseph Blatter, de que a Copa das Confederações, no Brasil, foi uma das melhores do mundo. Realmente, para esse órgão internacional, deve ter sido. Foram usados altos investimentos, para que a FIFA, por aqui, fizesse seu espetáculo. Pelo jeito, tal sujeito não se importou nem um pouco com as manifestações e descontentamento de nosso povo, com os sacrifícios impostos aos brasileiros, para que tudo fosse uma maravilha.

Durante a Copa das Confederações nosso país ficou dividido entre os que desfrutaram do espetáculo e a grande maioria da população. Essa ficou às margens, na mesma situação em que por aqui vive e que, pelo jeito continuará a viver. Os membros da FIFA e os jogadores das seleções e turistas vivenciaram um país disfarçado de primeiro mundo. Estádios magníficos, serviços de saúde e segurança desmedida e de alto nível.

A revolta do povo não prejudicou o circo armado, apenas houve uma conscientização da força das mobilizações sociais que arranhou o prestígio do governo e dos políticos em nosso país. A população mostrou seu descontentamento e que quer mudanças. Enquanto isso, o governo, nossa presidente, acenou com um plebiscito para enganar a todos nós. Não vejo necessidade para tal, visto que, pelas mobilizações, o povo já demonstrou o que quer e espera dela e de sua administração. Esta consulta popular acarretará gastos que poderiam ser investidos na saúde, por exemplo.
Acredito que o governo quer ganhar tempo, já que a Copa do Mundo será no ano que vem. Fico indignado, quando dizem que essas copas trouxeram empregos. Mas, se os investimentos fossem usados com responsabilidades em obras sociais, teríamos também vagas. Os empregos seriam em maior número e mais duradores.


Amanhã, acaba este espetáculo. Veremos quais benefícios trouxe para o nosso país. Acredito que nenhum. Segunda- feira, a população irá continuar com os mesmos problemas sociais: saúde, educação, segurança, infraestrutura, e por aí vai...tudo igual, deficitário e caótico.

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