quinta-feira, 18 de abril de 2013



A Morte
Final de tarde, lá estava eu na fila da padaria do mercado para comprar pão cacetinho quentinho, como sempre faço.  Nisto chegou um menino de uns 4 anos, trajando calça jeans, camiseta e tênis, veio correndo e passou direto pela fila, chegando ao balcão, gritava quero “sassicha”. Atrás dele veio uma mulher, que logo soube ser sua  avó. A moça que estava em minha frente desfaleceu e caiu. O menino olhou para ela e disse para sua avó  -Ela morreu...ela morreu vovó. Próximo à moça juntaram- se várias pessoas, um já gritou que estava ligando para a SAMU... Um outro já chegou nela, olhava seu pulso e disse está viva....uma mulher opinou- Ela desmaiou. O menino ali atento a tudo e a todos... Agora questionava- Vovó por que a mulher morreu?...Ela morreu né...? Logo em seguida, chegou o socorro... Peguei meus pães e fui para o caixa... O menino e sua avó continuaram no local...
Saí  do mercado pensando como aquela criança sabe da morte... o que é morrer para ela, ainda é um inocente...De todos os animais que habitam este planeta, o único que tem consciência da morte é o homem...desde a concepção, através dos sentimentos de nossa mãe,tomamos ciência  da morte...Em toda nossa vida ela faz parte, pela perda de  um parente, amigo ou alguma notícia de alguém que morreu  e até mesmo que ela chegará para nós um dia...A própria corrida dos espermatozóides é um jogo de vida e morte, apenas um sobreviverá...os outros perecerão...Fiquei sabendo depois que a moça havia sofrido um mal súbito e desmaiado e... estava bem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário