A Morte
Final de tarde, lá estava eu na
fila da padaria do mercado para comprar pão cacetinho quentinho, como sempre faço. Nisto chegou um menino de uns 4 anos, trajando
calça jeans, camiseta e tênis, veio correndo e passou direto pela fila,
chegando ao balcão, gritava quero “sassicha”. Atrás dele veio uma mulher, que
logo soube ser sua avó. A moça que
estava em minha frente desfaleceu e caiu. O menino olhou para ela e disse para
sua avó -Ela morreu...ela morreu vovó.
Próximo à moça juntaram- se várias pessoas, um já gritou que estava ligando
para a SAMU... Um outro já chegou nela, olhava seu pulso e disse está
viva....uma mulher opinou- Ela desmaiou. O menino ali atento a tudo e a
todos... Agora questionava- Vovó por que a mulher morreu?...Ela morreu né...?
Logo em seguida, chegou o socorro... Peguei meus pães e fui para o caixa... O
menino e sua avó continuaram no local...
Saí do mercado pensando como aquela criança sabe
da morte... o que é morrer para ela, ainda é um inocente...De todos os animais
que habitam este planeta, o único que tem consciência da morte é o
homem...desde a concepção, através dos sentimentos de nossa mãe,tomamos ciência
da morte...Em toda nossa vida ela faz
parte, pela perda de um parente, amigo
ou alguma notícia de alguém que morreu e
até mesmo que ela chegará para nós um dia...A própria corrida dos
espermatozóides é um jogo de vida e morte, apenas um sobreviverá...os outros
perecerão...Fiquei sabendo depois que a moça havia sofrido um mal súbito e
desmaiado e... estava bem.
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