As
manifestações que eclodiram em Porto Alegre inspiraram outras que
ocorreram em várias capitais. As notícias repercutiram no mundo
todo. A maioria dos manifestantes é da paz, mas, infelizmente, há
pessoas infiltradas que apregoam a violência e a depredação.
Segundo o jornal Zero Hora, nas passeatas da nossa capital houve a
participação de pessoas de São Paulo como observadoras e foram
essas que organizaram os atos naquele estado. E as redes sociais,
como o Facebook e Twitter, foram usados para a mobilização das
pessoas que participaram dessas manifestações.
O que chama a
atenção é que, agora, com a internet, a mobilização se torna
rápida e efetiva, não há mais o uso de panfletos, sem custo nenhum
para os organizadores. Basta possuir um celular ou tablet conectado
com a rede para a divulgação das manifestações e, em tempo real,
a divulgação dos fatos, que alcançam proporções sem medida. E,
nessa divulgação, excessiva e sem medida, somos bombardeados por
informações. De um lado, o Estado mostra as agressões contra as
forças policiais, as depredações e, de outro lado, os
manifestantes denunciam a violência policial, cobram a legalidade
desses movimentos, dividindo a opinião de quem apenas assiste a
tudo. No começo, as passeatas se deram de forma organizada e
ordeira, com gritos de palavras de ordem, apenas. De repente,
surgiram pessoas com o rosto coberto que partiram, no meio dos
manifestantes, para a depredação e o enfrentamento com a polícia.
O caos tomou conta. Muitos inocentes foram detidos e outros agredidos
pela força policial que se sentiu ameaçada e não conseguiu focar
nos baderneiros.
Alguns meios de comunicação estão apregoando que
se trata do ressurgimento do movimento anarquista, o qual não exige
nada, apenas quer questionar o Estado e suas instituições. E que
adeptos ao anarquismo estão se aproveitando dessas manifestações.
Acredito que pode ser muito mais que isso. Que o aumento das
passagens do transporte público seja apenas um pretexto usado por
pessoas que querem bem mais do que só manifestações. Penso que
possa se tratar de pessoas querendo a desestabilização política e
econômica do Brasil. Contra o aumento das passagens já há a dita
revolta contra os eventos esportivos, que ocorrem e ocorrerão por
aqui, em terras brasileiras. Me questiono: o povo está cansado do
descaso com a segurança, a educação e a saúde, mas tais
bandeiras, até o momento, não estão sendo usadas nesses protestos
em massa. Fico me indagando por que as manifestações se concentram
apenas em algo que vai interferir no bolso do trabalhador, a passagem
de ônibus. Acredito que os estudantes estão sendo manobrados e
ludibriados por pessoas que buscam algo mais sério. O tempo dirá...
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